A farsa anarcocapitalista

Um fenômeno que vem crescendo cada vez mais,especialmente na internet,é a ideologia conhecida como anarcocapitalismo,que como o nome diz,visa mesclar elementos anarquistas com princípios liberais levados ao extremo.Porém,cabe a nós,anarquistas,rejeitarmos essa apropriação semântica por parte de ultra-liberais,que partem da falsa ideia de que a teoria anarquista se resume a pregar o fim,única e exclusivamente,do Estado;ignorando todas as demais formas de coerção,poder e privilégios que advém de outras instituições,como religião,familia "tradicional" e principalmente da propriedade privada.
Um dos erros básicos da teoria anarcocapitalista é partir da ideia de que somente o Estado,com suas regulações e aparelhos burocráticos e armamentistas,é fonte de coerção e repressão.Todos nós convivemos sob o chicote da coerção,diariamente e sem nos darmos conta disso muitas das vezes.Vender sua força de trabalho a um preço miserável contra o risco da fome é coerção.Uma mulher que mantém o casamento com um marido misógino,que a espanca e a abusa de diversas maneiras,por medo,pressão psicológica,etc,também está sendo coagida,muitas vezes até pela dependência econômica que a mulher possui em relação ao marido,uma herança do patriarcado que embora venha diminuindo,ainda existe.Poderia citar diversos outros exemplos,mas como não pretendo me alongar demais sobre esse assunto,presumo que seja o suficiente para entendermos que as relações de poder e coerção estão presentes nas nossas vidas constantemente,e que não é o Estado o causador de tais opressões.A própria manutenção da propriedade privada,defendida pelos adeptos do anarcocapitalismo,é extremamente coercitiva,onde os meios de produção tem como fim gerar lucro para um punhado de pessoas,sendo aqueles desprovidos de capital obrigados a se venderem para poderem sobreviver.
Ademais,o anarquismo desde Proudhon,sempre foi uma teoria socialista,objetivando a destruição das instituições capitalistas - tal como o Estado -,das classes sociais e de toda coerção existente em nossas relações sociais,politicas e econômicas,jamais tendo qualquer semelhança com o que foi posteriormente chamado de anarcocapitalismo,que é tão somente uma ideologia burguesa com objetivo de ampliar ainda mais a dominação desta sobre a classe proletária.Reiterando,o anarquismo é uma teoria sócio-politica DE e PARA a emancipação social,politica e economica do proletariado.

O capitalismo como religião

Durante a Idade Média,também conhecida como Idade das Trevas,é sabido que a Igreja Católica exercia uma forte influência em praticamente todas as esferas da vida : ciência,filosofia,educação e principalmente a politica.Toda a moral da sociedade européia era moldada sob valores rígidos e ultra conservadores cristãos,o que influenciava nas relações sociais dessa época.Agora,no século XXI,as configurações sociais mudaram.O capitalismo se consolidou e passou por diversas fases,o cristianismo enfrenta uma crise com perda de controle (relativamente falando) e de fiéis,enfrentando a concorrência do Islamismo.Porém,a "religião" mais controladora e forte hoje,é sem dúvidas o capitalismo.Embora se trate,obviamente,de um sistema sócio-econômico,sua estrutura e manutenção funcionam como uma religião,com seus mandamentos,dogmas,"sacerdotes",mentiras e o próprio inferno.
Sua moral consiste basicamente na lógica do consumo e da propriedade privada.Seus sacerdotes - economistas e mídia - tentam a todo custo justificar e naturalizar o consumo como estilo de vida e a propriedade privada,sendo esta intocável e inquestionável,o dogma mais sagrado dessa religião.O individualismo também é parte fundamental de sua moral,pois qualquer senso de coletivo por parte da classe proletária poderia levar a heresia da revolução,o que certamente é obra do capiroto para subverter a sagrada ordem burguesa.Os responsáveis pela pregação da palavra de nosso Senhor Capital são,como já comentados,os economistas e a midia burguesa.São eles os responsáveis por educarem o rebanho com os ensinamentos sagrados que mantém a estrutura social,politica e econômica em que vivemos;caso hajam hereges desobedecendo o DEUS Capital,os anjos bondosos denominados policiais entram em ação,combatendo,espancando e torturando o mal que ameaça nosso sagrado senhor,e contam com o suporte da Justiça Divina Burguesa,sempre cega (?) e submissa aos interesses capitalistas.
Por fim,temos o rebanho,criado a ferro e fogo para obedecer sem questionar todos os dogmas e mandamentos dessa religião,ao custo de sua dignidade,racionalidade e de suas vidas,em troca de uma suposta felicidade parcelada em 48 vezes no crediário.E é assim que o CAPETALISMO funciona,como uma religião,inquestionável e indestrutivel,ao menos até o rebanho se levantar...

Nada piorou - a exploração do capital só está mais explicita

Entre o necessário Fora Temer e o fantasioso Volta Dilma,cujos resquícios ecoavam na ex-querda até pouco tempo,uma coisa é certa : nunca houve crise para a classe dominante.Mesmo nos tempos da fraca tentativa de promover um neo desenvolvimentismo petista,que mais flertava perigosamente com o neo-liberalismo,o domínio do capital sequer foi ameaçado por alguma politica do partido dito "dos trabalhadores".Por mais progressista que tenha sido,e que inegavelmente avanços foram feitos principalmente nos governos Lula,a politica de conciliação de classes jamais trará um fim a exploração econômica,às classes sociais e ao poder do capital.O que essa  estratégia politica fez foi iludir setores da esquerda com o discurso de "humanizar" o capitalismo,atrelando movimentos sociais e pautas progressistas ao partido "representante" da classe trabalhadora na chefia do Estado burguês.Mas o que esses setores da esquerda esqueceram,é que numa sociedade de classes,a conciliação de interesses é impossível e a negação da luta de classes representou um atraso gigante para a esquerda.Nesse sentido,o impeachment - ou "golpe",como alguns preferem - foi de certa forma,positivo para que a esquerda resgatasse sua raíz combativa e classista,coisa que se perdeu durante os anos do PT no poder.Outra ilusão,da qual esses setores da ex-querda caíram,foi de que somente após o dito golpe que o capital voltou a agir contra a classe explorada - como se alguma vez,durante esses 13 anos,não vivessemos sob o jugo impiedoso do grande capital - na qual acontece uma certa demonização a partidos e politicos,enquanto há uma espécie de beatificação de outros,notadamente as figuras centrais da esquerda institucional.Mas essas mesmas figuras,enquanto no poder,além de não enfrentarem o capital - mesmo porque é impossivel combater o capital dirigindo o Estado burguês - muitas vezes agiram contra o proletariado,em prol dos interesses de seus verdadeiros representado.Então vê-se que os ataques do capital não pioraram após o "golpe",é tãosomente a  expressão da guerra de classes nua e crua,sem nenhuma fantasia pelega de "Estado de bem estar social".

Sobre o voto e a ilusão eleitoral

Chega o ano eleitoral e duas campanhas - opostas - também se iniciam.De um a lado,o apelo para o "voto consciente",na qual responsabiliza-se o individuo-eleitor por mudanças ou estagnação social,via processo eleitoral "democrático".De outro,principalmente em grupos/coletivos anarquistas e comunistas revolucionários,a campanha pelo voto nulo,como forma de "protesto",de demonstração de indignação e insatisfação com a politica institucional,isso sem contar mentes mais ingenuas que contam com uma suposta anulação do resultado das eleições com determinada quantidade de votos nulos,um boato que a internet e a preguiça de buscar informações deu força.O que ambos os lados tem em comum? A ilusão de transformação social via processo eleitoral.Enquanto anarquista,mesmo que votando nulo,a coerência orienta a não iludir-se com nenhuma mudança com voto,seja válido ou nulo.Não há mudanças dentro da estrutura politica representativa,em que o objetivo é a legislação e manutenção do domínio da classe burguesa sobre o proletariado;é contraditório ver companheiros anarquistas difundindo informações falas acerca do voto nulo e mesmo fazendo campanha para o voto nulo.Qualquer voto é insignificante.Qualquer partido que adentre esse podre sistema eleitoral,por mais "revolucionário" que seja seu programa e seu nome,não trará mudanças significativas,que só advém através da luta popular pela destruição do Estado e do capital (na verdade,esses dois formam um só;são indissociáveis um do outro).Vote nulo,mas não acredite em mudança nenhuma através disso.

A farsa do livre mercado

Quem já não ouviu a velha história de que o "mercado se auto regula" e "gera concorrência"? Pois é,uma das principais caracteristicas - teóricas - do (neo)liberalismo é a livre concorrência supostamente gerada pela intervenção minima ou nula do Estado na economia.Mas a realidade se mostra bem diferente,com o grande capital se concentrando cada vez mais em poucas mãos,quebrando pequenos empreendedores ou incorporando-os aos seus grupos empresariais.Lênin já alertava para o caminho - natural - que o "livre" mercado seguiria,e hoje,com o desenvolvimento do capitalismo financeiro,baseado na especulação e não na produção,um pequeno grupo de pessoas e empresas,além de concentrarem capital,detem também o monopólio das decisões politicas,através do Estado,que nada mais é do que uma instituição mantenedora do status quo capitalista.O Estado,ao contrário do que pensam os liberais,não é inimigo do capital,pelo contrário,aliado importante contra a democratização da riqueza - riqueza essa produzido pela classe trabalhadora.Legisla de acordo com interesses de especuladores e acionistas dos grandes grupos que controlam boa parte do que consumimos;os rótulos,as marcas,são apenas ilusões,engodos para alimentar a ilusão do livre mercado.

O medo

O medo é um sentimento/instinto que sempre esteve presente na história da humanidade,e tem importância,na questão de sobrevivência,ao nos depararmos com uma situação perigosa,nos faz faz ter cautela,pensar antes de agir.Porém,desde o surgimento de instituições como a religião,a propriedade privada e o Estado,o medo tem sido utilizado como uma ferramenta de dominação por parte das diferentes classes dominantes ao longo da história,com o objetivo de controlar as massas e assim manter o status quo.
A forma como o medo é utilizado varia de instituição pra instituições,e também conforme a época.A Igreja Católica da Idade Média,por exemplo,se utilizava da crença no inferno,no "diabo" e na punição(sofrimento) eterno.O Estado utiliza-se de sua condição de "organizador da vida social" para impor a crença,fundada no medo,de que sua ausência provocaria o caos,desordem,etc;e para tal,utiliza da policia e forças armadas para manter a ordem(vigente).Por fim,com o desenvolvimento do capitalismo,o medo também encontrou sua outra função: a de fomentar indústrias,que se tornam cada vez mais lucrativas.A violência,decorrente da desigualdade inerente ao capitalismo,provoca uma onda de medo,mesmo na burguesia,que consome cada vez mais produtos como cameras,alarmes,seguranças particulares,armas..Ou seja,criou-se toda uma industria baseada no medo,do qual nos tornamos mais e mais reféns.Vivemos  com medo de tudo,medo do outro,medo da solidão,medo de quebrar a rotina,medo de qualquer mudança,mesmo que para melhor.E assim toda a "ordem" se mantém...

Máquinas perfeitas de um sistema degradante

A busca pela felicidade,muito provavelmente,é inerente a existência humana.Buscar pelo prazer e bem estar é natural e compreensivel.O problema é cairmos no puro hedonismo - o prazer (individual) a qualquer custo,por cima de todos.Além disso,o "hedonismo" moderno é um dos pilares do sistema capitalista;a busca pelo prazer a qualquer custo e a fuga do sofrimento se tornou base para diversas industrias extremamente lucrativas.A indústria cultural e farmaceutica são bons exemplos disso,fora a cultura do consumo - pilar do capitalismo moderno - no qual a propaganda tira proveito dessa ansia humana pela busca da felicidade e do prazer.
Assim,viramos robôs programados para encontrar a "felicidade" dentro da esfera do consumo,de uma lógica imediatista e massificada.E quem não se sente ajustado nessa engrenagem é declarado como "louco" ou "doente",e logo entupido de remédios (antidepressivos,calmantes,etc),fazendo a industria farmaceutica feliz.
O que importa é o prazer a qualquer custo,e este,na sociedade capitalista em que vivemos,está muito relacionado ao consumo;e o prazer e a "felicidade" implicam em nos abstermos de pensarmos criticamente,afinal,o pensamento critico é torturante,arduo e exige tempo - lembre-se,tempo é dinheiro,e dinheiro compra felicidade - ,além de causar angustias.O capitalismo substitui a promessa de uma vida eterna e felicidade futura pela felicidade e prazer imediatos,baseados no consumo...Buy or die.

Versos pseudo subversivos

  Destruição

Implodiremos seus bens,suas fabricas,seu Estado e sua moral hipócrita e nojenta,dogmática,controladora e fascista.Destruiremos suas estatuas,queimaremos seus livros e mataremos nossos ídolos criados por vocês.Sua cultura será esquecida,sua intolerância te levara a morte,e seu poder e suas armas de nada adiantarão frente ao nosso conhecimento e a nossa sede por liberdade. 

 Siga

Esqueça a aceitação que você tanto sonha em ter.Esqueça seus sonhos que você quer realizar um dia.Esqueça seus ideais pelos quais você tanto luta.Isso é utopia.Vista esse terno,ponha essa gravata,arrume esse cabelo e vá trabalhar.Vire gente.Mesmo que ame apenas o dinheiro e o que ele pode comprar.Isso é viver,isso é ser normal,isso é ser humano.Pise nos outros.Humilhe.Afinal,essa é a nossa natureza e não há nada que possamos fazer.Liberdade? Liberdade é escravidão. Diferenças? Somos todos iguais.Enfim,#somostodoshumanos,asquerosos,arrogantes e cuzões. 

 Subversão niilista

Nos ensinaram a ser assim.Nos ensinaram que tudo o que é belo,limpo e puro não presta.Nos ensinaram que tudo o que você precisa ser...é nada.Você não precisa ser,você precisa ter.Você não precisa estudar,você precisa comprar.Você não precisa ser você,você precisa ser apenas mais um consumidor com o nome sujo,um dito "cidadão de bem".Não temos rosto,apenas máscaras,máscaras que disfarçam nosso vazio,nossa desesperança,nossa descrença em tudo,na felicidade,no amor e na paz. Somos a sujeira,a feiura e a violência.Somos o caos,o medo e a destruição.

Poezine-se: Existência condenada

Existência condenada

Sonhos diariamente massacrados pela rotina

Desejos sufocados por estúpidos valores morais

Paixões recriminadas por mentes boçais

Ideais esvaziados pela máquina que te oprime

Esmagados por uma existência torturante

Uma realidade distópica da qual não há saída

Nos corrompem com falsas promessas,de glórias ou vida eterna

Cifrões nos bolsos,numa vã tentativa de preencher o vazio interior

Humanidade decadente,guiada por ilusões

Arrogante espécie que se coloca como superior

Sua sentença final está chegando

E não haverá direito de defesa...

A romantização da cultura punk

É comum pensarmos que o punk deve ser libertário e que sua própria essência é libertária,porém a realidade é outra.A origem do punk é cheia de drogas,sexo e e pouca politica,isso é fato.Bandas como Ramones cantavam "I dont care about history",o que demontra a mentalidade punk dos anos 70.Foi só depois do anarcopunk que pode-se ver uma postura mais politizada por individuos punks.
Hoje,ainda impera a ideia que a cultura punk é por si só libertária,que não há reprodução de valores e preconceitos frutos da nossa socialização nessa sociedade burguesa-cristã,o que causa uma impressão do punk ser uma espécie de "vanguarda revolucionária".Não,a cultura punk NÃO é vanguarda de porra nenhuma!Devemos constantemente construirmos uma cultura realmente libertária,mantendo uma postura antifascista,desconstruindo preconceitos que eventualmente possamos ter,seja através de atitudes concretas ou ideias,pensamentos. A cultura punk é tão somente isso,uma contra cultura,que naturalmente se opõe aos valores morais/sociais vigentes.Agora,quanto a uma postura politica de fato libertária,politizada e coerente,é dever de todos os que se dizem adeptos dessa cultura,construir.O punk não é perfeito,eu não sou perfeito,nem você é;não adianta apontarmos o dedo julgando outras contra culturas se não fazemos nossa parte pela construção do punk enquanto cultura de fato antifascista.Isso leva tempo,não é através de algumas gig's que acontecerá a "politização 100%" do punk,isso só se dará através de busca pela informação,estudos,acesso a materiais libertários,etc.
Se não conseguimos nem organizarmos nossa própria cultura,o que dirá de uma revolução? Devemos manter nossa cultura sim,marginal e suja mesmo,porem politicamente não podemos nos afastar do trabalhador comum,aquele que ouve pagode,rap,funk,do contrário,uma consciência de classe necessária para uma transformação radical da sociedade nunca acontecerá.Por menos sectarismo,menos romantismo sobre a cultura punk,e mais união e ação direta!

Capitali$mo mata

A mídia burguesa diz que o "comunismo malvadão matou zilhões" rs. Pois bem,eu como anarquista tenho minhas críticas ao comunismo,mais especificamente ao Estado supostamente proletário,mas não vem ao caso,por ora.Bom,se é verdade que Stálin matou gente pra caralho,burgueses e campones,reacionários e anarquistas,o capitalismo mata diariamente desde o começo da industrialização,isso pra dizer no minimo,sem contar o capitalismo mercantil,da época das Grandes Navegações,que acabaram por dizimar populações indigenas,além de escravizar as que sobreviveram,assim como os negros.
O capitalismo mata assim que permite a corrupção do sistema politico "democrático" através do financiamento privado de campanha,que torna os politicos representante não do povo,e sim das grandes corporações que os financiam.Planos de saúde,bancos,empreiteiras,por exemplo.A quem interessa o sucateamento do SUS?Da educação pública? Universidades privadas e planos de saúde lucram cada vez mais em detrimento da autonomia intelectual e da própria VIDA das pessoas.
O capitalismo mata através da concentração de renda,que gera a desigualdade social e consequentemente a violência urbana.Mata através da derrubada de florestas para o """"progresso""""" econômico,mata indios,destrói fauna e flora.Tudo em nome do lucro.Normal,né?
O capitalismo mata,aniquila nossas esperanças e sonhos.Quantos jovens da periferia não poderiam se tornar grandes músicos,artistas,cientistas e médicos,em prol da sociedade,se tivessem tido oportunidades? Quantos crimes e mães chorando não seriam evitados se vivêssemos em um sistema que priorizasse o bem-estar social tanto quanto o individual?
O capitalismo nos mata pouco a pouco,seja através da poluição nos grandes centros urbanos,da exploração desenfreada dos recursos naturais (NÓS somos também parte do ecossistema).Nos mata por dentro,pouco a pouco,por sermos forçados de desistirmos de nossas ambições,sonhos,desejos,esperanças,para ficarmos em um emprego entediante,repetitivo e embrutecedor,com o peso de nossas necessidades e familias para sustentarmos como os novo grilhões que impedem a humanidade de se libertar.Tudo isso é o capitali$mo que te oferece.

Capitalismo e tecnologia

Ao nos posicionarmos contra o capital e seus maleficios,é comum ouvirmos - "É de esquerda mas tem iphone/pc/internet/qualquer coisa ~tecnologica". Não há idiotice maior ao supor que o atual estágio de desenvolvimento tecnologico e cientifico se deve ao sistema capitalista. Isso é desrespeitar todos os trabalhadores que produziram,que suaram,foram explorados,passaram fome,etc,para que hoje pudéssemos chegar ao nivel tecnologico que temos hoje,e que ainda podemos avançar.
Desde os primórdios,bem antes da formação das sociedades "civilizadas" o homem desenvolve tecnologia,seja para ajudar na caça,na alimentação ou na sua defesa,e nesse época,pelo que consta,não existia capitalismo,pelo que consta :p
Só o trabalho realmente produz tecnologia,o que difere é a organização social em que o trabalho está inserido,se num sistema que prioriza o bem estar social e as necessidades básicas dos individuos,ou num sistema em que o principal objetivo do trabalho é gerar lucro para um patrão ou pequenos grupo de pessoas.O capitalismo não cria nada,somente se apropria e explora.Anarquismo/comunismo não é primitivismo,não é franciscanismo;é utilizar a tecnologia em prol do bem estar humano e do coletivo.Se o proletariado tudo produz,tudo a ele pertence.

Sobre heterofobia e outros contos de fada

Quem nunca trombou uma pessoa que soltou a pérola ""Eu gosto dos gays,não dos gayzistas" ou "Essas mulheres/negros que dizem lutar por igualdade,mas praticam machismo/racismo ~inverso~"? Certamente é de dar no mínimo pena de quem fala tais baboseiras. Para compreender qualquer movimento social,deve-se saber pelo que ele luta e qual a origem de sua condição da qual quer libertar determinado grupo.Antes de tudo,porém,é necessário conhecer o conceito de minoria,para evitar aquelas pérolas como "Os negros se dizem minoria,mas no Brasil existem mais negros que brancos". Minoria se refere a determinado grupo social que histórica e socialmente,foi subjugado e excluido dos direitos sociais/humanos,seja devidos a aspectos economicos,culturais ou religiosos.Ou seja,politicamente nulo,oprimido.No caso das mulheres : por séculos foram impedidas de trabalhar e estudar,sendo obrigadas aos afazeres domésticas e a submissão total ao homem,moral,politica e sexualmente.Isso nada mais é que o patriarcalismo funcionando.Ai vem um idiota e compara as feministas com nazistas....Enfim,a  partir daí,observa-se que qualquer espécie de segregação/discriminação social parte de uma relação de poder,que se dá em ambito politico e social.Sendo assim,como um grupo social,como os homossexuais,por exemplo,historicamente segregados na sociedade brasileira,podem praticar uma relação de opressão contra aqueles que sempre os oprimiram? Como pode os negros,numa sociedade estruturalmente racista,com 4 séculos de escravidão,e cujos resquícios desse passado ainda estão presente atualmente,podem ser racistas contra um grupo - os brancos - que foram os responsáveis por suas mazelas até os dias de hoje? E assim é também com outras minorias existentes na nossa sociedade.Não como oprimir alguém sem ter uma estrutura politica e social para tal.Cotas não são privilégios,é reparação histórica.Chamar alguém de branquelo ou omi opressor não é racismo/machismo inverso.

http://www.infoescola.com/sociedade/minorias/

A Arte do Povo e o Lucro dos Ricos

            Arte é tudo que serve para demonstrar o que se sente, coisas boas e ruins, seja através da musica, escritos, desenhos, entre várias e várias outras formas que cada um encontra para melhor se expressar.

            Desde muito tempo, acredita-se que arte é algo para ricos e que a gente seria incapaz de entender por sermos pobres, supostamente por "não termos cultura o suficiente", o que de fato é uma grande mentira, ja que toda cultura da nossa sociedade vem do povo e não dos ricos. Ricos não criam nada, apenas usam o trabalho e arte do povo, ou seja, toda riqueza e dinheiro acumulado por eles foi graças ao meu e ao seu trabalho e através da exploração da nossa cultura que sempre foi criticada por eles e nossas músicas consideradas ruins, mas todas as músicas que eles ouvem hoje, veio dos pobres de antigamente. Independente se são os pobres daqui do Brasil ou pobres de outros países, somos uma só classe, não importa de onde viemos ou da região que moramos. Em todo lugar do mundo os pobres são explorados da mesma forma pelos ricos, que a cada dia ficam mais ricos a nossa custa.

            Por isso, é importante que não nos deixemos intimidar e deixar de produzir musicas, desenhos, escritos de vários tipos, seja poesia ou desabafos do nosso dia-a-dia, pois essa é uma das formas mais importantes de nos expressar e expor nossas frustrações e de exirgirmos o que é nosso por direito, a vida, que é tirada de nós a cada dia, devido passarmos o dia inteiro trampando, ou a infancia de outros que foi destruida pela miséria, familia desestruturada e como consequencia o crime. Tudo isso, toda necessidade, toda miséria e obrigação de ter que trabalhar ou roubar para não morrer de fome e sobreviver tem um unico culpado: A burguesia, que é a classe de todos os exploradores, que roubam desde o nosso trabalho à nossa cultura, e sendo assim, devemos agir como uma unica classe que é o que somos, apesar de todas as semelhanças e diferenças ao mesmo tempo, somos todos explorados independente do local que vivemos, independente de religião, cor, genero ou sexualidade.

Esperança (Por que?)

Esperança,tão nobre sentimento

Tão tola ilusão

A resignação em forma poética

O mesmo sentimento de bois indo para o abate

A verdade é que caminhamos rumo ao precipício de nossa existência

Lentamente agonizamos

Colocamos um óculos colorido

Para esquecer de nossa realidade tão cinza

Palavras de encorajamento

Auto-ajuda

Um paraíso e uma vida eterna

Um ideal de mundo perfeito

Um otimismo inocente - e qual não é?

Futuro?

Ser humano,lixo auto-destrutivo. Destrói o planeta que o acolhe,além de cavar a própria cova,também ameaça a existencia dos outros seres vivos,que em nada tem culpa da ganância e ignorância de seres ditos "racionais".Pensando somente no verde do dinheiro,destruímos o verde que realmente importa.Agronegócio,agrotóxicos,industrialização irresponsável,desmatamento e nossa própria alimentação afetam a natureza como um todo,e tudo isso acontece em consequencia de nossa organização social,um sistema que visa o lucro acima de qualquer pensamento de bem-estar social,e mesmo ambiental.Se não vivemos em harmonia nem com a natureza,como podemos conviver em paz com nós mesmos? Toda essa destruição só pode cessar com a destruição do capitalismo e a construção de uma sociedade pautada em valores humanitários,ao invés de valores financeiro$.
Porém,penso eu,que chegamos num ponto tão destrutivo,exploramos tanto os recursos naturais irresponsavelmente,que a natureza chegou ao limite,e que os danos são irreversíveis.Posto isso,declaramos nossa própria sentença de morte.Já não há tempo,nem interesses,de qualquer transformação radical de nosso modo de vida;a concentração de renda só tende a aumentar,a  exploração de recursos naturais se intesificará até seu esgotamento irreversível para sustentar a produção de um sistema que produz muito,estimula o consumismo e gera desigualdade tão devastadora quanto a própria destruição do meio ambiente.Segurem-se,tudo só piorará.

Texto Sugerido : https://cpeaunesp.org/2011/12/09/capitalismo-e-destruicao/

Escravos modernos

Há quem diga,cinicamente ou por ingenuidade/ignorância,que somos todos livres no capitalismo.Ignoram que somos escravos de nossas necessidades,e que para subsistirmos,devemos nos tornar escravos também de um patrão,que através da mais-valia,nos explora e lucra em cima do que NÓS produzimos.
Somos induzidos a pensar que a forma como atualmente lidamos com o trabalho é normal,ou seja,que devemos trabalhar em algo que não gostemos,que nos cause stress,tanto no ambiente de trabalho como no trajeto casa-trabalho.Somos obrigados a conviver com gente que não gostamos,a receber ordens,impedindo assim o desenvolvimento da criatividade humana - somos condicionados a sermos submissos e abrirmos mão de nossa dignidade - tudo em nome do lucro do burguês.
Nossa maior dificuldade em romper com esses sistema escravista moderno,é a ocultação dos mecanismos de exploração,uma maquiagem para a opressão que sofremos diariamente.Competimos uns com os outros,da mesma classe,enquanto os burgueses brindam juntos.Nos responsabilizam por nossa pobreza,através da ideologia da meritocracia.Além,claro,de algumas migalhas que nos "dão",o que é suficiente para gerar um conformismo entre a classe trabalhadora.Também o fato do trabalho consumir entre 10-12 horas do nosso dia,entre o trabalho propriamente dito e a locomoção de casa até o local de trabalho e vice-versa;educação sucateada,que nos condiciona para o mercado de trabalho - para sermos ovelhinhas obedientes - e que impede todo o desenvolvimento de nosso senso critico,de nossa criatividade e de nossa autonomia.

A escravidão mais eficaz é aquela na qual cria a ilusão de que somos livres.

Poezine-se : AUTOFAGIA

AUTOFAGIA

O ódio lhe consome,não há motivos para amar

Da vida só pensa em se livrar

A angustia da solidão

A apatia em meio a multidão

Ébrio de raiva e desesperança

Lutando contra si mesmo

Em uma batalha infinita

A consequente descrença nas utopias

O auto desprezo,ansia de se libertar

Desse vazio existencial

Constante tédio mortal

Aniquilação de sua mente e sentimentos

A busca da fuga pelo alcool

Mágoas afogadas sempre causam ressaca

Desespero interior

Mente em agonia

Nada que faça fugir dessa podre realidade

O pânico te domina,o medo de viver e não morrer

Não importa quantos copos encha,sua existencia sera sempre vazia

Preso em seu corpo,deseja fugir desse mundo hostil

Não há amigos,familia,alegria ou esperança

Apenas a espera do abraço frio e confortante da morte...

"União entre Punks do Brasil!"

Não há nada de belo ou de antifascista numa briga entre anarcos e streets. Apesar de posicionamentos diferentes quanto a questão de ser "Oi ou Anti-Oi", geralmente não há um motivo além disso quando ocorre uma briga e consequentemente uma divisão no Movimento Punk. Óbvio que grupos como "desordem oi", "devastação" (esses de SP), entre outros que se misturam com grupos fascistas e supostos "apoliticos", nada possuem de punk a não ser um visual, não passarão impunes. Óbvio também que atitudes de cunho fascista, preconceituosa, machista ou homofóbicas devem ser cobradas e extintas mesmo dentro do Movimento Punk. Mas não deve-se usar a luta antifascista como pretexto para tretas pessoais ou satisfazer suas vontades "ganguistas". Vale ressaltar dois outros pontos: 1º que a cena Punk e Oi são diferentes em cada região e estado do Brasil, logo as relações entre as mesmas se darão de formas diversas em cada estado e região. 2º ninguém é obrigado a se unir com skinheads de qualquer tipo, independente da cena local.

Só o caos nos salvará

Vivemos numa época de trevas.De intolerância.De crise,em todos os âmbitos,desde econômica até existencial.Significa que vivemos no caos? NÃO.Pelo contrário,tudo isso faz parte do funcionamento e engrenagem da ordem vigente capitalista.Vivemos cada dia mais com medo,solitários,todos desconfiando de todos.Não há solidariedade,nem amor - amor esse que foge da banalidade de amores/paixões padrão.Nossa rotina nos robotiza cada vez mais - fazemos as tarefas do trabalho sem nem precisar pensar - a repetição leva a exaustão.Temos em média 4 horas "livres" por dia.E tudo isso é parte da "ordem".
Precisamos - urgentemente - nos libertarmos desse vicio que nos mata pouco a pouco,que nos desumaniza,que é a rotina,esta que é consequência de uma definição de ordem estabelecida por aqueles que detém capital econômico e politico.Precisamos do caos,como meio realmente revolucionário e necessário para rompermos com esse sistema medíocre.Só através do caos encontraremos a verdadeira ordem - a ordem de sermos socialmente iguais e humanamente diferentes.CAOS!

Poezine-se : Poema sem titulo - assim como a vida não tem sentido

Tudo me cansa

Até tentar ter alguma vã esperança

Tento esquecer esse vazio que corrói meu ser

E a vontade de mandar tudo se foder

A rotina,que diarimente me fatiga

E a vida,que duramente me castiga

O fardo da existência

Para alguns,felicidade,pra mim,apenas sobrevivência

O que será do amanhã?

Resta em mim ainda um desejo de mudança

Proporcionalmente a multiplicação da desesperança

E do sincero desejo da extinção da raça humana

Humanidade cada vez mais decadente

E nos achamos ainda,a espécie dominante

A qual fatalmente sucumbirá ao seu destino

O inevitavel fim do ser humano arrogante

Enquanto isso,acendo um cigarro

Em mais uma noite de insônia

E me pergunto quando terminará essa tortura

Que alguns chamam de vida...

D.I.Y

Somos alienados de tudo,não somente dos frutos de nosso trabalho.Não produzimos nada que não possa gerar lucro para a classe burguesa,somente consumir.E nem pra consumir temos liberdade ,tudo nos é imposto: a indústria cultural nos diz o que ouvir,a indústria da moda nos diz o que vestir,a propaganda na TV da rede fast-food acusada de trabalho escravo nos diz o que comer...Isso destrói nossa capacidade criativa,de criar,de produzir. E ainda dizem que somos livres. 

A ascensão fascista versus a peleguice governista : Devemos continuar nessa dicotomia?

Estamos vivendo um período histórico,sem  o "glamour" de uma guerra mundial (ainda) nem um inimigo em comum que uniu comunistas e norte-americanos.Mais uma das crises cíclicas do capitalismo,cuja sede por lucros cada vez maiores acaba(rá) por se auto-destruir.
Vemos uma nova ascensão de ideias conservadoras e autoritárias;valores como xenofobia,nacionalismo,islamofobia,racismo voltam a tona (explicitamente,pois pra quem faz parte de algum grupo minoritário,sabe que tais preconceitos nunca deixaram de existir,estavam apenas velados).Um cenário cada vez mais distópico.O ódio ao outro,ao diferente,fica cada vez mais explicito. E isso é uma realidade mundial - especialmente na Europa,Estados Unidos e...Brasil.
No Brasil,vivemos um neomacartismo,com um ódio irracional do "comunismo petista",de qualquer politica de bem-estar social como o Bolsa Familia e mesmo a qualquer coisa vermelha.A mídia burguesa vem trabalhando há algum tempo pra desgastar a imagem do PT - e de toda a esquerda - perante a população,que sofre por não ter uma educação que desenvolva seu senso critico e a liberte da escravidão do senso comum.Nisso,qualquer caso de corrupção que supostamente envolva algum membro do PT,vira um alarde nacional. Tem gente que pensa seriamente que o PT roubou muito mais do que todos os outros governos.Há também demagogos de ultra-direita,que se aproveitam deste delicado momento em que vivemos,para encontrar um bode expiatório - o PT e o comunismo. Verdadeiros charlatões,como Olavo de Carvalho,e fascistóides,como Bolsonaro,fazem a mente das massas,que num momento de crise,anseiam,infelizmente,por um herói,por um "salvador da pátria".Muitos já se "candidataram" a esse cargo : Aécio,Cunha,Bolsonaro e agora o juiz Sergio Moro.Aécio e Cunha já caíram,e Bolsonaro,mesmo entre a direita,não é um consenso.Resta Moro.O cara que enfrenta "os comunistas malvadões do PT".Quanto tempo irá durar? Não sei,porém sua máscara vai cair.Algum dia.
De outro lado,temos um governo de um partido dito "dos trabalhadores",mas que não hesita em atacar os direitos dos mesmos em nome da governabilidade,do "progresso" e do "desenvolvimento econômico". Lembremo-nos dos movimentos anti-Copa,duramente reprimidos e com diversos presos politicos,entre eles,Rafael Braga;lembremo-nos do exército na Maré;da Kátia Abreu como ministra da Agricultura;de Joaquim Levy como ministro da Fazenda;do ajuste fical;da reforma previdenciária;do Código Florestal,e de tantos outros que não vou perder tempo e espaço aqui,mas que provam que o PT é dos trabalhadores somente no nome;suas práticas são tão neo-liberais quanto aqueles que os atacam.Mas que agora,num momento em que o impeachment da "Dilmãe" é iminente,recorrem aos trabalhadores e movimentos sociais para os defenderem.
O verdadeiro antifascismo não se deixa levar pela demagogia de nenhum dos lados;ataca os dois,inimigos da classe da trabalhadora,serviçais da burguesia nacional e internacional.Só a construção de uma alternativa libertária,que cultive os valores da autogestão e do apoio mutuo,poderá nos levar dessa dicotomia que no final,só beneficia a burguesia carniceira.Pela construção do poder popular,fora coxinhas,fora governistas!