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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Cansado

Cansado demais para seguir em frente
Demasiadamente desesperado para ficar calmo
Na escuridão encontro algo que me acalente
Em meio a multidão rumo ao abate,me sinto angustiado


Não há solução para o vazio que sinto
O cinismo e o pessimismo são meus únicos amigos
Estraçalhado,despedaçado e mentalmente mutilado
Aqui jaz mais um morto em vida


Sonhos frágeis que se esvaem
Esperanças que te traem
Uma existência baseada em ilusões e mentiras
Tudo o que me sobrou : Apatia







quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Engrenagens de uma existência miserável


Estou farto dessa existência insignificante
Tudo o que é socialmente estimado,desprezo
Cotidiana agonia,constantes frustrações
O cansaço me transformou num inseto


Uma máquina de produzir,é tudo que sou
Movendo as engrenagens que perpetuam uma existência de submissão e dor
Pressão vinda de todos os lados
Indicando um caminho pré determinado


Uma sociedade doente na qual não me encaixo
Molda minha vida,suga minhas energias
Escola,trabalho,igreja e família
Instituições hipócritas tolhendo sua individualidade


Trabalhar,orar,consumir...até a morte!
Seu destino já foi sacramentado
Não há escolhas,desvios do padrão
Sua liberdade se resume a aceitar ser escravo

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Vidas mecânicas

Seres hipnotizados,vagando pelas ruas em busca do deleite consumista. O sonho burguês materializa-se : vivemos na era dos robôs.Robôs programados para consumir,obedecer e reproduzir discursos e valores opostos a suas condições de existência.Aguardamos a próxima ordem que nos mandarem ser executada,pois somos incapazes - ou melhor,nos incapacitaram - de pensarmos autonomamente, Produzimos,suamos,a todo custo,sem nunca sairmos do lugar. Somos meras engrenagens produtivas,até nos tornarmos obsoletos e descartáveis. Apesar de todo aparente progresso tecnológico e cientifico,nossa saude e qualidade de vida se deterioram cada vez mais. Estupramos o planeta em que vivemos,destruímos a natureza e a humanidade.Destruímos as esperanças,mercantilizamos sentimentos,vivemos com medo. Somos escravos do relógio. Nossos dias não nos pertencem,nossa vida nos foi roubada. Nosso bem-estar não vale porra alguma. Descartáveis,indesejáveis,marginalizados e segregados,Eis o preço do progresso capitalista.