Classe mérdia

Senhores da moral,
subservientes ao capital
Conservadores em nome da tradição
Da exploração e opressão

De nariz empinado para ostentar superioridade
Logo abaixa a cabeça para a tal autoridade
Seu pensamento mesquinho distorce sua visão
Aqueles a quem venera
são também quem mais o desprezam

Classe média fascista
Pensamento egoísta
Bostejando ódio e preconceitos
Em seu altar de hipocrisia e vaidades
Domesticados pela mídia
São os escravos da estimação da burguesia

Eu e meus demônios

Mais uma ressaca moral fodida.Mais um dia enfrentando meus demônios.,os quais insistem em me lembrar dos erros por mim cometidos,das frustrações e decepções que sofri.Mais uma noite chega,mais pesadelos para atormentar meu sono.Mais um maço vazio,mais uma garrafa de vinho no lixo.Inflexíveis,tais demônios são infinitamente mais fortes do que eu;estou cansado de lutar.
Olho para dentro de mim,e tudo o que minha turva visão enxerga é solidão,amargura e desesperança.A tranquilidade já fugiu da minha mente há tempos,e o que me resta fazer?Apenas assistir as chamas da angústia dilacerando o meu ser,arruinando o meu viver.
Fria escuridão que me abraça e me cega,ambiente hostil e ao mesmo tempo amigável.Pois onde mais, uma criatura como eu poderia habitar?A claridade é um luxo que dispenso.O alcool já não me ajuda mais,pois minhas aflições e mágoas aprenderam a nadar.O dissabor de estar vivo me persegue a cada dia dessa apática existência.Cigarros já não mais amenizam minha ansiedade;sua fumaça exala desolação e angústia.Vem,escuridão,e toma-me em teus braços;já não pertenço a este lugar,nem a estas pessoas.