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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Sobre o voto e a ilusão eleitoral

Chega o ano eleitoral e duas campanhas - opostas - também se iniciam.De um a lado,o apelo para o "voto consciente",na qual responsabiliza-se o individuo-eleitor por mudanças ou estagnação social,via processo eleitoral "democrático".De outro,principalmente em grupos/coletivos anarquistas e comunistas revolucionários,a campanha pelo voto nulo,como forma de "protesto",de demonstração de indignação e insatisfação com a politica institucional,isso sem contar mentes mais ingenuas que contam com uma suposta anulação do resultado das eleições com determinada quantidade de votos nulos,um boato que a internet e a preguiça de buscar informações deu força.O que ambos os lados tem em comum? A ilusão de transformação social via processo eleitoral.Enquanto anarquista,mesmo que votando nulo,a coerência orienta a não iludir-se com nenhuma mudança com voto,seja válido ou nulo.Não há mudanças dentro da estrutura politica representativa,em que o objetivo é a legislação e manutenção do domínio da classe burguesa sobre o proletariado;é contraditório ver companheiros anarquistas difundindo informações falas acerca do voto nulo e mesmo fazendo campanha para o voto nulo.Qualquer voto é insignificante.Qualquer partido que adentre esse podre sistema eleitoral,por mais "revolucionário" que seja seu programa e seu nome,não trará mudanças significativas,que só advém através da luta popular pela destruição do Estado e do capital (na verdade,esses dois formam um só;são indissociáveis um do outro).Vote nulo,mas não acredite em mudança nenhuma através disso.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A farsa do livre mercado

Quem já não ouviu a velha história de que o "mercado se auto regula" e "gera concorrência"? Pois é,uma das principais caracteristicas - teóricas - do (neo)liberalismo é a livre concorrência supostamente gerada pela intervenção minima ou nula do Estado na economia.Mas a realidade se mostra bem diferente,com o grande capital se concentrando cada vez mais em poucas mãos,quebrando pequenos empreendedores ou incorporando-os aos seus grupos empresariais.Lênin já alertava para o caminho - natural - que o "livre" mercado seguiria,e hoje,com o desenvolvimento do capitalismo financeiro,baseado na especulação e não na produção,um pequeno grupo de pessoas e empresas,além de concentrarem capital,detem também o monopólio das decisões politicas,através do Estado,que nada mais é do que uma instituição mantenedora do status quo capitalista.O Estado,ao contrário do que pensam os liberais,não é inimigo do capital,pelo contrário,aliado importante contra a democratização da riqueza - riqueza essa produzido pela classe trabalhadora.Legisla de acordo com interesses de especuladores e acionistas dos grandes grupos que controlam boa parte do que consumimos;os rótulos,as marcas,são apenas ilusões,engodos para alimentar a ilusão do livre mercado.