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terça-feira, 6 de julho de 2021

Claustrofobia ou Devaneios de uma mente inquieta

5 e meia da manhã. Acordo.Mais um dia de trabalho começou. Não somente do trabalho pela subsistência financeira,mas também o da subsistência mental. Mais um dia de luta  contra minha mente,que devora minha energia tal como os dementadores da saga Harry Potter. Nada escapa do escrutinio de minha mente. Corrigindo: nenhuma falha minha escapa de sua análise minuciosa. Todos os meus erros e defeitos são exaustivamente trazidos a tona,não importa há quanto tempo tenham acontecido ou a sua gravidade.

 Embora tal guerra aconteça somente dentro de mim,seus estragos ecoam no mundo fisico. Toda minha energia se dissipa de tal forma que a única coisa que consigo fazer é respirar. Me sinto enclausurado,aprisionado. E não existe prisão pior que a nossa própria mente e corpo. Não há escapatória,não há condicional;a sentença é perpétua,sem sossego. Não há paz nem no sono,visto que pesadelos são recorrentes. Mas antes fossem com monstros e outras criaturas fantásticas. Meus pesadelos refletem exatamente meus maiores medos e angústias.

Embora externamente eu aparente uma certa tranquilidade e calmaria,em meio a multidão com quem convivo diariamente,por dentro minha mente emite um barulho ensurdecedor. Tais sons,tais pensamentos,dilaceram meu ser. Não encontro mais refugio nem no alcool e nas drogas. Nada é capaz de mutar esses incessantes devaneios torturantes da minha própria mente.




segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

A interminável luta contra eu mesmo


 "Eu sou um bosta";"Sou patético";"Faço tudo errado";"Sou ridículo";"Por que eu disse aquilo?" - pensamentos que corroem diariamente meu ser. Me sinto esmagado por algo intangível. Como pode isso ocorrer? Como me libertar de algo que faz parte de mim? Por várias vezes me pego desejando sofrer um trauma que me cause amnésia. Esquecer quem eu sou,o que me atormenta... única maneira de voltar no tempo e viver. Viver sem remorsos,sem culpa,sem angústia.

Ah,essa angústia...preenche cada pedaço de minha mente e corpo. Tal como um buraco negro,suga toda a luz  e energia que outrora havia dentro de mim. Não tenho mais forças para lutar e resistir. Resigno-me a raros lampejos alegres e leves,cada vez mais escassos e espaçados entre um e outro. O cigarro nada mais faz além de acalmar a besta fera que atormenta. De forma paliativa,claro.

Poucas coisas me confortam. A vida é apenas um breu,sem luz,sem caminho. Nada me resta;apenas contemplo o resto dos meu dias numa agonia silenciosa e prolongada.Nessa guerra interna contra mim mesmo, não há outro resultado além da minha derrota.