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segunda-feira, 26 de março de 2018

Neoliberalismo: liberdade para lucrar e explorar


O neoliberalismo é uma corrente político-econômica que defende a livre iniciativa, a livre concorrência, e Estado mínimo, ou seja, que não interfira na economia, pois segundo os neoliberais, haveria um equilíbrio natural no qual o Estado interferindo na economia quebraria esse equilíbrio. É o principio da “mão invisível”.Segundo Adam Smith, autor pioneiro do liberalismo, uma vertente mais antiga da qual o neoliberalismo sucede,mas que em suma,apresentam essas principais características citadas acima em comum, o que move a sociedade é o egoísmo dos homens,na qual os interesses pessoais  de uma pessoa, no fundo ajuda no funcionamento da sociedade. O neoliberalismo também defende a meritocracia, na qual as pessoas dependem apenas dos seus próprios esforços para ascender socialmente.
Porém, se a sociedade funciona melhor na base do individualismo, por que então nas empresas é incentivado o trabalho em grupo? Não seria mais produtivo para a empresa realizar somente a função que me cabe,sem se importar com os meus colegas de trabalho?
E como falar de meritocracia,de crescer com seu próprio esforço, se vivemos numa sociedade extremamente desigual, na qual o pobre estuda em escola publica,de péssima qualidade,com professores desmotivados e matérias que servem para formar não um cidadão critico,mas sim mao de obra barata para as empresas? Como falar em meritocracia numa sociedade na qual as faculdades publicas estão cheias de playboys,que estudaram em escolas particulares,e que por isso tem uma certa vantagem com relação aos alunos de escola púbica, que poderiam muito bem pagar uma facul privada mas estão ocupando uma vaga que poderia ser de um aluno pobre,já desfavorecido histórica e socialmente?
Portanto,aqueles que já nascem desfavorecidos,terão muito mais dificuldade em ascender socialmente,já que tem que enfrentar muito mais obstáculos a sua trajetória rumo ao $uce$$o do que quem já nasceu em berço de ouro.Muitas vezes, os jovens pobres além de estudarem,trabalham para ajudar na renda familiar,o que sobra pouco tempo para concentrar-se nos estudos.Além disso,não há um incentivo a cultura, como bibliotecas, centros comunitários e peças de teatros e cinemas alternativos,para que além de crescer profissionalmente,o jovem pobre cresça tambem culturalmente.Resumindo,a meritocracia só é valida quando todos tem oportunidades iguais, sem distinção de classe social,raça,orientação sexual, gênero,etc.
Outra coisa, um dos argumentos dos liberais é de que se o lucro é privado,logo o prejuizo tambem o será.Mas será que isso é verdade?Vejamos;em 1929 estourou a bolsa de NY,com a superprodução que é ocasionada pela ansia do lucro;porem o nivel de consumo das pessoas nao acompanhou o ritmo da produção,gerando a crise - se as pessoas nao consumiam mais como antes,as empresas tinham prejuizo,se tinham prejuizo suas ações caiam,se suas ações caiam seus investidores tbm tinham prejuizo,se os investidores tinham prejuizo entao paravam/diminuiam os investimentos,trazendo prejuizos ainda maiores para as empresas,que com isso passavam a enxugar sua folha salarial,demitindo trabalhadores,que por sua vez passavam a depender do seguro desemprego,do Estado,para sobreviverem- o Estado,por sua vez,tinha que dar um apoio financeiro para as empresas se reerguerem...ou seja...desempregos,crise economica,diminuicao da renda familiar,etc,é prejuizo privado?
A politica imperialista promovida pelo liberalismo promove golpes de Estado, como no caso dos EUA,que sem contar sua participação no golpe miitar de 64 aqui no Brasi,também promoveu golpes de Estado em muitos outros países,como no Oriente Médio e na América Latina.Inclusive essa “Primavera Arabe” teve sim uma mãozinha dos EUA.Derrubaram governantes com quem não tinham muita afinidade politica,e empossaram seu “representantes”, para garantir a extração de petróleo na região por petrolíferas norte-americanas.
Embora o capitalismo em si não seja somente o liberalismo,pois também existe o capitalismo intervencionista,pode-se dizer que em épocas de crise (gerada pelo próprio capitalismo liberal) a politica do Estado capitalista se torna intervencionista - mais do que de costume.já que o própria Estado é um instrumento de dominação,de manutenção do status quo atual.

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